Exemplos de e-commerce: os 6 principais tipos de e-commerce Brasil

A indústria de e-commerce cresceu para incluir uma vasta gama de modelos de negócio e métodos de entrega.

Então, se você deseja abrir um e-commerce, pode estar com dúvidas sobre por onde começar, e este guia será o ponto de partida ideal. Em suma, um e-commerce pode ser totalmente diferente de outro. Abaixo, você aprenderá sobre os seis tipos de e-commerce, com seus prós e contras, para encontrar o modelo perfeito para você.

6 tipos de e-commerce

• B2C
• B2B
• C2C
• C2B
• B2A
• C2A

Business to consumer: B2C

Em negócios do tipo business to consumer (B2C), os visitantes de uma loja online são pessoas, e a empresa vende seus próprios produtos. O cliente-alvo é o consumidor final — alguém que usará o produto (ou o compra como presente para outra pessoa).

Um e-commerce B2C geralmente compra produtos de um fornecedor terceirizado para revender ao consumidor final. A maior vantagem é que você pode adquirir produtos em massa a um custo menor e revendê-los a um preço mais alto para o público geral. Você também pode coletar dados sobre seus clientes para alcançar outros como eles.

No entanto, o lado negativo é que há uma concorrência muito grande. Muitos outros comerciantes irão operar no mesmo nicho e setor que você. Não é impossível se destacar, mas você precisará de uma forte proposta de venda única e compreensão do seu público-alvo para fazê-lo. 

Exemplos de e-commerces B2C

Kylie Cosmetics

Kylie Cosmetics, a empresa de beleza fundada pela celebridade de reality show e influenciadora Kylie Jenner, é um exemplo de um e-commerce B2C. Ela fabrica seus próprios produtos e os vende através de sua loja online. 

Zerezes

O foco da Zerezes está na experiência do consumidor e os óculos são os protagonistas da expressão de personalidade. Ela se tornou uma referência em óticas e é uma das lojas Shopify que usa a plataforma para conectar mais clientes. 

Só Prata

A Só Prata é um extenso portal online que oferece uma ampla variedade de joias de prata do Brasil. Com uma gama diversificada de produtos, como anéis, brincos, alianças, correntes, pingentes, acessórios e berloques, a loja apresenta uma navegação simples e ainda oferece garantia vitalícia em suas peças. 

Business to business: B2B

Quando um negócio vende para outro negócio online, isso é conhecido como e-commerce business to business (B2B).

Sites B2B geralmente adaptam sua experiência de compra para pedidos de grande volume por parte do cliente (como 1.000 ou mais itens, em vez de 1 ou 10). Eles também costumam oferecer um nível mais alto de atendimento ao cliente, conhecido como "white glove", e mais opções para pedidos personalizados.

O aspecto mais atraente deste tipo de e-commerce é que você não precisa de tantos clientes para gerar a mesma receita que uma empresa B2C. Um único cliente B2B provavelmente fará vários pedidos de alto valor, o que significa que você precisa de menos investimento em marketing para alcançar seu objetivo. E, embora os lucros geralmente sejam menores (os itens no atacado têm margens de lucro entre 20% e 50%), isso é compensado pelo maior volume de unidades vendidas. 

Exemplo de e-commerces B2B

Costco

A Costco é um exemplo de um negócio B2B. O atacadista compra itens de seus fornecedores para revender a outras empresas em um de seus mais de 800 armazéns exclusivos para comércio.

Alibaba

O Alibaba é um marketplace online que conecta compradores e vendedores. Os fornecedores listam seus produtos a preços mais baixos e vendem itens em grande quantidade. Marcas DTC (Direct to Consumer) podem comprar seu inventário do marketplace para revender com uma margem de lucro maior em seu próprio site. 

CVS

A CVS é uma loja especializada em cestas de alimentos, oferecendo uma ampla gama de produtos e preços. Ela atende tanto a consumidores individuais quanto a empresas, disponibilizando um clube de assinatura e aceitando pedidos de sindicatos e corporações, seguindo um modelo de vendas no atacado e B2B. 

Consumer to consumer: C2C

Empresas consumer to consumer (C2C) são marketplaces online que permitem que consumidores vendam seus próprios produtos diretamente a outros consumidores.

O OLX é o exemplo mais famoso de e-commerce C2C, onde qualquer pessoa pode vender seus produtos usados para outra. Nele, não é necessário ter uma empresa registrada para fazer isso. 

Por muito tempo, não havia tantas empresas C2C no Brasil. Porém, nos EUA, os grandes sites como eBay e Etsy, e as alternativas gratuitas, como o Craigslist e o Facebook Marketplace, já eram bastante populares. No entanto, uma nova geração de empresas tem mostrado o valor de uma experiência C2C mais personalizada.

Exemplos de e-commerces C2C

Vinted

Produtos de designer à venda na Vinted, incluindo marcas como Louis Vuitton.

Vinted é um aplicativo para celular que conecta compradores a vendedores. No entanto, empresas não podem usar a plataforma para vender produtos. Apenas indivíduos podem criar anúncios e vender para outras pessoas. 

OLX

O OLX é uma plataforma de classificados online onde usuários podem comprar e vender produtos usados e serviços locais, facilitando transações diretas entre consumidores. 

Mercado Livre

O Mercado Livre é uma plataforma de e-commerce que facilita a compra e venda entre usuários. Conhecido por sua ampla variedade de produtos, o site permite que indivíduos e empresas realizem transações de forma segura e eficiente entre si. 

Consumer to business: C2B

O modelo de e-commerce consumer to business (C2B) funciona na ordem inversa do e-commerce tradicional. Em vez de uma empresa vender produtos para o cliente final, é o cliente quem vende produtos para uma empresa. 

Podemos ver esse tipo de e-commerce na prática com empresas como a 99Freelas — uma plataforma de trabalhos freelance onde empresas contratam prestadores de serviço para realizar determinados projetos.

Além de serviços ou produtos físicos, os consumidores podem vender outros itens para uma empresa e se enquadrar neste modelo de e-commerce. Estes podem incluir direitos de imagem. 

Exemplos de e-commerces C2B

Upwork

 

O Upwork é um marketplace online especializado em serviços profissionais. Ele é utilizado por empresas que desejam contratar talentos freelancers. Na plataforma C2B, indivíduos vendem suas habilidades — seja em design, redação, engenharia ou fotografia. 

Airbnb

O Airbnb é uma empresa de locação que não é dona de quase nenhum de seus imóveis. Em vez de comprar propriedades de outras empresas, as pessoas optam por listar seus imóveis no Airbnb. Isso faz dela uma empresa C2B.

Shutterstock 

O Shutterstock é um site de banco de imagens que paga aos contribuidores para fazerem upload de suas fotos. A troca de dinheiro e serviços ocorre na ordem inversa de uma empresa de e-commerce tradicional. 

Business to administration: B2A

O modelo de negócios business to administration (B2A) ocorre quando empresas se especializam em realizar transações comerciais com agências governamentais. Se você é um fornecedor de software que vende serviços de contabilidade para a Receita Federal, por exemplo, você estaria utilizando o modelo de negócios B2A. Às vezes, por esse motivo, ele é conhecido como e-commerce business to government (B2G). 

Empresas que utilizam o modelo de negócios B2A geralmente recebem pedidos de valores mais altos e um ciclo de vendas mais longo. Há muita burocracia em torno do que uma administração pública pode comprar, e com as restrições orçamentárias sendo um problema comum entre agências em todo o mundo, pode ser difícil obter aprovação e fechar parcerias. Você passará a maior parte do seu tempo vendendo e construindo relacionamentos. 

Dito isso, você não precisa de tantos clientes se estiver usando o modelo B2A. Você poderia ter um negócio lucrativo com apenas alguns contratos com o governo. Se você optasse pelo caminho B2C, precisaria de milhares. 

Exemplo de e-commerces B2A

Software governamental

A maioria das agências governamentais não possui orçamento suficiente para criar seu próprio software, então elas adquirem ferramentas prontas para implementação de fornecedores de software B2A, como a OpenGov.

Educação à distância

Instituições de ensino como universidades, faculdades e escolas são muitas vezes classificadas como empresas administrativas. Empresas que vendem produtos, software ou serviços para essas instituições são consideradas negócios C2A. 

Suprimentos para escolas públicas

Muitas empresas oferecem suprimentos e materiais diversos, como papéis, impressoras e lápis, para o funcionamento de diferentes instituições de ensino do governo. Essas empresas atuam como fornecedoras para a administração de escolas e universidades públicas, o que significa que elas se enquadram no modelo de negócios B2A. 

Customer to administration: C2A

Empresas que utilizam o modelo customer to administration (C2A) funcionam de maneira semelhante às empresas B2A, mas a diferença é que os clientes pessoa física realizam transações com agências governamentais — em vez de pessoas jurídicas.

Exemplo de e-commerces C2A

Imposto de renda

O exemplo mais óbvio de C2A são os impostos de renda. Como os indivíduos pagam seus impostos de renda à Receita Federal, o dinheiro é transferido para o governo. 

Pagamentos de financiamentos estudantis

Quando as pessoas pagam seus financiamentos estudantis, o dinheiro é transferido de uma pessoa física para uma instituição educacional, caracterizando-o como um negócio C2A.

Como escolher um modelo de negócio para o seu e-commerce

1. Pesquise seu público-alvo

Grandes negócios começam pensando em um público e nas suas frustrações ou desejos, deixando isso ditar a escolha dos produtos. Por exemplo, se você é apaixonado por ajudar novas mães a se manterem saudáveis com refeições orgânicas, encontre um grupo delas e faça perguntas como:

• Elas gostam de fazer feira ou apenas querem se livrar logo dessa obrigação?
• Elas dão mais valor à variedade ou regularidade na alimentação?
• Elas preferem comprar em atacado?
• Elas sempre compram os mesmos produtos ou estão sempre mudando?
• Elas estão dispostas a pagar mais por um produto premium?

Todas essas perguntas ajudarão a responder se você precisa de um produto ou de muitos, se pode oferecer um modelo de assinatura, e se você será capaz de manter uma opção de margem mais baixa, como um marketplace ou dropshipping.

2. Visualize o negócio que você deseja administrar 

Novos empreendedores podem começar com uma visão otimista. Mas ao avaliar os diferentes modelos de negócio de e-commerce, pode ser uma boa ser pragmático e até cético. 

Alguns tipos de e-commerce, como o B2B e o B2A, exigem mais capital inicial e mais tempo para operar. Outras opções, como atacado e C2C, se beneficiam de ótimas relações. Ao avaliar suas relações com fornecedores e o capital disponível para investir, você pode tomar uma decisão clara sobre o modelo de negócio mais adequado para você.

3. Analise suas habilidades 

Grandes negócios são construídos sobre uma vantagem competitiva, e isso começa com o proprietário. Suas maiores habilidades podem ser a sua vantagem competitiva, o que pode acabar indicando o seu modelo:

• Se você entende sobre o desenvolvimento de produtos do seu setor, o DTC pode ser a melhor escolha.

• Se você é um especialista em branding ou redes sociais, os modelos white label ou private label podem ser a melhor opção.

• Se você é melhor na experiência do cliente (do site de e-commerce ao unboxing), dropshipping ou marketplace podem ser os melhores para você.

• Se você tem alguma vantagem nos custo que é sustentável, um atacado B2C pode ser a melhor opção para você.

Indo em frente com seu e-commerce

O setor de e-commerce já se tornou bastante maduro, com muitas abordagens diferenciadas. Isso significa que há muitas empresas em operação com as quais você pode aprender. 

Ao estudar os diferentes tipos de e-commerce, bem como seu público e suas próprias capacidades, você pode identificar o modelo de negócio que se adapta melhor a você — seja B2B, B2C, ou uma combinação de ambos.

Assim que você encontrar o tipo de e-commerce que atende melhor às suas necessidades e ao seu público-alvo, escolha um modelo de negócios que se encaixe nesse segmento. Desde modelos de assinaturas até o private label, o mundo é todo seu.